Entrevista a Gonçalo Lagem, candidato da CDU à CM Monforte

– Desde as últimas Autárquicas, o que correu bem e o que correu menos bem na CM Monforte?

A gestão autárquica é bastante dinâmica, com imensas variáveis ao longo dos períodos eleitorais. Por muito que tenhamos planeamentos rigorosos, existem sempre factores imponderáveis, que condicionam a nossa ação e muitas vezes também, que a estimulam. Falo de financiamentos comunitários, de oportunidades legislativas, de acontecimentos inesperados, como foi a pandemia ao longo dos últimos quase 2 anos.

Esta equipa que represento, sempre teve planeamentos rigorosos, com programas eleitorais exequíveis e, ainda assim, ultrapassámos em muito aquilo a que nos propusemos. Não considero o que corre bem e o que corre mal. Trabalhamos diariamente, junto das pessoas e com as pessoas para que corra sempre bem, obviamente numa aprendizagem contínua com o erro. Se errarmos muito, fizemos muito. O nosso empenho e conhecimento profundo da  comunidade, tem sempre o propósito, de, com assertividade, ir ao encontro das ambições da população e daquilo em que acreditamos, será mais profícuo para o nosso Concelho.

– Quais são as linhas orientadoras do seu programa?

Os próximos 4 anos vão ser determinantes, no que à captação de fundos comunitários diz respeito, bem como o aproveitamento do Plano de Recuperação e Resiliência. São muitos milhões de euros disponíveis e temos que os saber defender e captar para o Concelho de Monforte. Temos dado provas dessa capacidade de atrair investimentos e aprovar candidaturas para a nossa população. Somos o segundo Concelho do Distrito com maior execução de fundos comunitários e o terceiro com maior investimento. Isto traduz bem a enorme capacitação da equipa em continuar a defender os interesses do Concelho. Monforte deixou de ser o parente pobre, que surgia na cauda de todos os indicadores.

Por isso temos um programa ainda mais ambicioso, aliado às necessidades urgentes do Concelho, tendo em conta a oportunidade de financiamento. Tem sido esta a nossa forma de trabalhar, não comprometendo nunca a saúde financeira do Município. O programa eleitoral assenta sobretudo na sustentabilidade da nossa economia, criando empregos, gerando riqueza e oportunidades de novos negócios, que deem lugar a empreendedorismo local, defendendo a nossa própria identidade, com investimentos municipais, que incrementem a qualidade de vida, conforto e bem estar das pessoas, aliado ao apoio das nossas instituições, jovens, idosos e mais desfavorecidos.

– Como encara o combate eleitoral que se avizinha, tendo em conta os candidatos dos outros partidos?

Tenho tido a sorte, de, ao longo de todos os processos eleitorais em que participei, encontrado adversários bem formados. Pessoas que querem exatamente o mesmo que eu. O melhor para o nosso Concelho. E todos eles têm decorrido com elevação. Este “combate”, não é combate nenhum, considero-o um debate de ideias, algumas até comuns. O Concelho é um Concelho muito amadurecido em termos democráticos e quando temos a consciência tranquila, relativamente ao período de maiores investimentos de sempre, em paralelo com a maior recuperação financeira de sempre também, próximos das pessoas e com resultados… associado ao esforço diário de resolver e alterar aquilo que corre menos bem, só nos poderemos sentir satisfeitos e confiantes. Também este “combate” irá ser tranquilo, com civismo e elevação, à imagem dos anteriores.

– O que mais falta faz ao Concelho?

O desenvolvimento social e económico de um concelho como Monforte atinge-se de forma sustentada se conseguirmos intervir em vários setores! O problema dos Concelhos como Monforte é contrariar o despovoamento, conseguir fixar e  atrair população. Logo é necessário o diversificar a atividade económica, criando novas dinâmicas de investimento sustentado nos nossos recursos locais e nas  nossas gentes. Da mesma forma que é necessário investir no apoio social, educação, saúde, habitação para  melhorar a qualidade de vida das nossas populações e, em simultâneo, sermos cada vez mais competitivos para atrair aqueles que escolham o nosso concelho para aqui trabalhar e viver. O grande desafio é não perder população e conseguir  combater os ciclos recessivos sucessivos.  Senão ganharmos esta batalha, certamente não valerá a pena todo o investimento realizado neste Concelho.

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